Eu quero promover a paz no mundo

Muita gente quer ser um agente da cultura de paz no mundo não é mesmo? Você é uma dessas pessoas? Se sim, veja 10 atitudes que todos podem adotar para ajudar a transformar a realidade global em um ambiente de fraternidade construindo a paz entre os povos [1].

1. Tenha empatia


Coloque-se no lugar do outro. Tente pensar no outro, a partir do lugar dele. Isso constrói uma realidade de mais fraternidade, respeito e tolerância. No fundo, a empatia tem como base aquele velho, mas sempre atual fundamento cristão: “Fazei aos outros tudo o que quereis que vos façam” [2]. Assim, ter empatia é pensar se fosse você na situação pela qual passa o outro, o que você faria?

2. Respeite as diferenças

Respeitar as diferenças é respeitar a humanidade. O ser humano é diferente e é isso que faz a singularidade de cada um, torna cada ser especial, único. O respeito tem muito a ver com a empatia e com o não julgamento, isto é com a indulgência [3]. Respeitar as diferenças traz paz e compreensão ao mundo e mostra a consciência de que todos somos igualmente filhos de Deus. A indulgência pede mais severidade ao olhar o próprio erro e mais indulgência com a fraqueza dos outros.

3. Seja otimista

Ser otimista, acreditar que as coisas vão melhorar, ter esperança na vida e nas pessoas não tem nada a ver com ficar parado, esperando. A esperança e a fé [4] devem ser ativas, movimentam aquilo que pode e confiam que tudo tem seu tempo e o seu porquê. Ver o copo meio cheio e não meio vazio é colocar as lentes do otimismo para enxergar a vida, tendo consciência que nada acontece por acaso. Enfim, ser otimista é ter fé raciocinada [5].

4. Inspire esperança

Para ajudar a construir a paz global, além de manter uma atitude positiva mesmo diante das adversidades da vida, você precisa também inspirar esperança. Isso significa que você vai dar a mão para aquele que ainda não conseguir levantar os olhos pro céu e se debruça ao chão, sentindo os pesos dos problemas nas costas. Uma conversa amiga, ouvir com atenção o outro, mostrar-se pronto para ajudar [6], a doação de bens materiais são algumas atitudes propositivas que podem ajudar os outros a persistirem na caminhada.

5. Busque a PAZ em sua casa

Buscar a paz em casa [7] é uma forma de manter um ponto de luz no mundo. O respeito entre pais e filhos e entre todos que convivem em um lar representam a base de uma sociedade mais igual e fraterna. Tiranos domésticos [8] podem, muitas vezes, se apresentar como pessoas de boa convivência fora de casa, mas passam a agressão física e verbal dentro do lar, o que mostra que a disciplina e policiamento das atitudes não tem hora nem lugar. Para melhorar o ambiente do seu lar, reserve um dia e horário fixos para um momento de estudo e diálogo sobre os ensinos de Jesus, com a realização do Culto do Evangelho no Lar [9], que promove limpeza e renovação de energias no ambiente doméstico.

6. Cultive sua PAZ interior

Procure encontrar a paz dentro de você. Conecte-se consigo mesmo e com a energia superior que há em você. Deus, essa inteligência suprema e causa primária de todas as coisas, habita em tudo e em todos e conectar-se com Ele nos faz mais fortes e mais resilientes, nos ajuda a nos manter em paz. A prece [10] e a meditação são recursos poderosos para o cultivo da paz interior e que podem ser aliados a terapias como o tratamento espiritual [11], o passe magnético [12] e a água fluidificada [13]. O estudo e a prática religiosa são também formas de buscar a paz íntima, assim como a reforma íntima [14], a arte, o esporte e as laborterapias.

7. Estude para a PAZ

Estudar para a paz significa a busca de uma leitura edificante, que eleve seu padrão mental para pensamentos e vibrações no campo do bem. A literatura espírita é rica em obras que oferecem um sustentáculo doutrinário, fortalecendo o espírito para enfrentar as tribulações do dia a dia. Além da leitura individual, uma excelente forma de instrução para a vida é o estudo sistemático da doutrina espírita [15]. Mais do que a ciência isoladamente, o Espiritismo promove uma aliança com a Religião e a Filosofia, oferecendo meios de compreensão dos fenômenos da vida e da morte, alargando o entendimento do que nos traz até aqui nesta existência.

8. Faça trabalho voluntário

Fazer trabalho voluntário é uma excelente forma de esquecer-se de si mesmo e doar-se, sem esperar nada em troca. Muitas dores, dificuldades e vazios enfrentados no dia a dia dão lugar a um preenchimento que nada substitui: a alegria de fazer o bem. As grandes almas da humanidade, em diversas épocas, lugares e instâncias humanas, deixaram suas marcas para a PAZ no mundo por meio do trabalho com o próximo e tornaram-se exemplo para todos nós. Com o lema “Fora da Caridade não há salvação[16], o Espiritismo explica que a fé deve estar aliada às obras para não ser uma fé morta e que sempre é tempo de começar, pois, se somos herdeiros do ontem, somos donos do nosso amanhã.

9. Seja melhor a cada dia

Quando falamos em construção da paz, ser melhor a cada dia não tem nada a ver com competição, vitórias e derrotas, como costumeiramente é tratado em ambientes profissionais. Ou melhor, a batalha existe sim, mas é consigo mesmo, vencer o “homem velho” que há em cada um de nós, conhecendo os nossos defeitos de forma mais transparente e esforçando-se por combatê-los. O objetivo de cada dia passa a ser tornar-se mais rígidos com nossos defeitos mais íntimos e mais indulgentes com o próximo, realizando uma verdadeira reforma íntima [17] a fim de tornar-se uma pessoa de bem [18].

10. Encontros pela PAZ

Reunir-se com pessoas que comungam dos mesmos ideais, que buscam a paz e trabalham por ela, é mais uma excelente forma de trabalhar pela PAZ global. Congressos, debates, encontros fraternos, confraternizações [19]são formas de unir aqueles que buscam a sintonia da paz. Em outubro deste ano, será realizado em Vila Nova de Gaia no distrito do Porto, em Portugal, a terceira edição da Concafras Mundial, um encontro global pela promoção da paz. Pessoas de todo o mundo estarão reunidos para estudar e praticar a paz nas suas diferentes formas, buscando contribuir na construção da paz entre os povos. Ficou interessado? Acesse www.concafrasmundial.com e saiba mais.

Por suas obras se reconhece o cristão – “Ne m todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão nos reino dos Céus, mas só os que executam a vontade de meu Pai que está nos Céus”. (…) Será suficiente trajar a insígnia do Senhor para ser-lhe fiel servidor? Bastará pronunciar : “Sou cristão”, para que alguém seja um seguidor do Cristo? Procurai os verdadeiros cristãos e os reconhecereis por suas obras. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 18 “Muitos os chamados, poucos os escolhidos” – item 16)

[1] As dez atitudes aqui descritas foram elaboradas com base em O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec. Tradução: Comissão de Tradução da Editora Auta de Souza. Editora Auta de Souza, 2013.

 

[2] Amar ao próximo como a si mesmo; fazer aos outros o que desejamos que fizessem a nós” é a expressão da mais completa caridade, pois resume todos os deveres para com o próximo. A esse respeito, é impossível guia mais exato do que tomar por parâmetro daquilo que se deve fazer aos outros o que se deseja para si próprio. (O maior mandamento. Fazer aos outros o que desejamos que fizessem a nós. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo 11 “Amar ao próximo como a si mesmo”.

 

[3] A indulgência – A indulgência não vê as imperfeições alheias ou, se as percebe, evita comentá-las e divulga-las; ao contrário, oculta-as, para não serem conhecidas pelos outros e, se a malevolência as descobre, sempre tem pronta uma desculpa para amenizá-las, isto é, escusa plausível, séria, não das que, aparentando atenuar a falta, mais a evidencia com desleal habilidade. (A indulgência – Dufetre, bispo de Nevers, Bordeaux.  O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, capítulo 10 “Bem-aventurados os misericordiosos” (item 16).

 

[4] http://concafrasmundial.com/fe-esperanca-e-caridade-virtudes-que-ajudam-a-construir-um-mundo-melhor/

 

[5] A fé robusta proporciona a perseverança, a energia e os recursos que fazem vencer os obstáculos, tanto nas pequenas coisas como nas grandes; a fé vacilante gera a incerteza e a hesitação de que se aproveitam os que desejam combatê-la; essa fé não procura os meios de vencer; pois não acredita que pode vencer. (Poder da Fé. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 19. A Fé transporta Montanhas – item 2).

 

[6] Pudésseis, meus amigos, não ter ocupação mais agradável que a de tornar os outros felizes! Quais são os festejos mundanos que poderíeis comparar às ditosas festas que celebrais, quando, tornando-vos representantes da Divindade, levais alegria a essas pobres famílias que conhecem da vida apenas dificuldades e amarguras; quando vedes cintilarem subitamente de esperança esses rostos abatidos por não terem pão! (Adolphe, bispo de Argel. Bordeaux, 1861. A beneficência, item 11, capítulo 13 “Não saiba vossa mão esquerda o que dá a vossa mão direita”, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec).

 

[7] De todas as provas, as mais cruciantes são as que afetam o coração; há quem suporta com coragem a miséria e as provações materiais mas sucumbe ao peso de amarguras domésticas, atormentado pela ingratidão dos seus. Oh! Terrível angústia essa! Mas o que melhor poderá, nessas circunstâncias, restabelecer a coragem moral senão o conhecimento das causas do mal e a certeza de que, se há longos suplícios da alma não há desesperos eternos, pois Deus não pode querer que sua criatura sofra eternamente? (S. Agostinho, Paris, 1862 – A ingratidão dos filhos e os laços de família. Item 9. Capítulo 14. Honrai vosso pai e vossa mãe. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec).

 

[8] A essa categoria pertencem ainda essas pessoas que, benignas fora do lar, exercem uma tirania doméstica e fazem a família e seus subordinados sofrerem o peso do ser orgulho e despotismo. Parecem desejar se compensarem do constrangimento a que se submetem fora de casa. Não se atrevendo a usar de autoridade sobre estranhos que as recolocariam em seu lugar, essas pessoas querem, pelo menos, ser temidas pelos que não podem lhes opor resistência. Sua vaidade rejubila-se em poder dizer: “Aqui mando e me obedecem”; sem imaginar que poderiam acrescentar, com mais razão: “E me detesta”. (Lázaro, Paris, 1861 – A afabilidade e a mansidão, item 6, capítulo 9, Bem-aventurados os mansos e pacíficos. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec).

 

[9] O Culto do Evangelho no Lar é uma reunião da família, em dia e horário fixos, pelo menos uma vez por semana, para o estudo do Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita e a oração em conjunto. “Evangelho no Lar é Cristo falando ao coração. Sustentando semelhante luz nas igrejas vivas do lar, teremos a existência transformada na direção do Infinito Bem. (Bezerra de Menezes, Espíritos Diversos, Temas da vida, p. 58). Saiba mais no livro “Paz em Casa Paz no mundo” em http://www.editoraautadesouza.com.br/paz-em-casa-paz-no-mundo–culto-do-evangelho-no-lar/

 

[10] A prece é uma invocação, mediante a qual se coloca, pelo pensamento, em relação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou uma glorificação. (…) O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, ao explicar o modo de transmissão do pensamento, seja no caso de o ser a quem oramos atender o nosso apelo, seja no caso de nosso pensamento o alcance. (…) Assim que o pensamento é dirigido a um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado e desencarnado ou de desencarnado a encarnado, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som”. (Ação da prece. Transmissão do pensamento. Item 9. Capítulo 27. Pedi e Obtereis. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec).

 

 

[12] Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.(Emmanuel. O consolador. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. FEB. 18.ed., perg.98.). http://www.revistaautadesouza.com/index.php/artigos/O-Passe-auxilia-no-processo-de-cura. Vídeo “Passe – caridade ensinada por Jesus”: http://www.tvmundialdeespiritismo.com/programa.jsf?id=11640

 

[13] “A água, em face da sua constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bioenergia que lhe é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz portadora”. Manuel P. de Miranda, Loucura e obsessão, Cap 3) . Veja mais em: http://www.revistaautadesouza.com/index.php/artigos/Acao-da-agua-Fluidificada

 

[14] Como tornar a sua vida melhor? Veja a importância da reforma íntima na conquista desta felicidade e o quê a Doutrina Espírita pode contribuir para que isto aconteça. http://www.tvmundialdeespiritismo.com/programa.jsf?id=110  http://www.editoraautadesouza.com.br/reforma-intima/

 

 

[16] Caridade e humildade, eis, portanto, a única rota da salvação; egoísmo e orgulho, eis a da perdição. Esse princípio encontra-se formulado em termos exatos nesta máxima: “Amareis a Deus de toda vossa alma e ao próximo como a vós mesmos; toda lei e os profetas estão contidos  nesses dois mandamentos”. E para que não haja equívoco na interpretação do amor a Deus e ao próximo, acrescenta: “Eis o segundo mandamento, que é similar ao primeiro”, isto é, não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar ao próximo, nem amar ao próximo sem amar a Deus; logo, tudo o que se faz contra o próximo é feito contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do ser humano se encontram resumidos nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO. (O maior mandamento. Item 4. Capítulo 15. Fora da Caridade não há salvação. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec).

 

 

[18] A verdadeira pessoa de bem é a que pratica a lei de justiça, de amor e de caridade, em sua maior pureza. Ao interrogar a consciência sobre os próprios atos, inquire a si mesma se não violou essa lei; se não praticou o mal; se tem feito todo o bem que podia; se desperdiçou voluntariamente alguma ocasião de ser útil; se ninguém possui motivos de queixa contra ela; enfim, se fez aos outros tudo quanto desejaria que lhe fizessem. (A pessoa de bem. Item 3. Capítulo 17. Sede Perfeitos. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec).

 

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